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SILVA ESCURA MAIA - UMA TERRA COM HISTÓRIA

























































































“Silua Scura”… o bosque escuro!

Silva Escura surge referenciada em documentos com datas de 906 e de 1077, e em ambos documentos a grafia é “Silua Scura”, sendo que “silua” (silva) significava bosque e “scura” é escura, alusão à densidade da vegetação.

Nas Inquirições de 1258 e nas Inquirições de 1307, protagonizadas por D. Diniz, assim é referenciada.
Um dos lugares mais antigos da freguesia é o de Sá (ou de Saa) repleto de antigas casas de campo, sendo a mais rica a Casa de Taim, no lugar do mesmo nome.

A igreja paroquial, monumento do espólio da Maia, foi construída em 1721 e possui fachada de estilo joanino, sendo a beleza e a riqueza interiores apreciáveis, especialmente a capela-mor com seu tecto em caixotões dourados e pintados à mão, bem como os painéis azulejares, azuis, datados do século XVIII narrando a vida de Nossa Senhora da Assunção.

Na sua parede lateral esquerda, e dando face a um belo e florido jardim, depara-se-nos uma requintada e portentosa porta em ferro forjado, Séc. XIX (da portuense Fundição da Arrábida).
Debruada em cantaria, sobrepõe-se-lhe frontão interrompido ao estilo da época. Rematando-o, a imagem pétrea de Santa Maria em pequeno nicho abrigada.
Segundo alguns autores, será Na. Senhora do Ó, do que nos permitimos discordar, já que esta traz o Menino no ventre repousando a mão sobre o mesmo.
Entrando na Igreja somos imediatamente atraídos pela riqueza e beleza da capela-mor, que se diz ter sido oferecida, por um fidalgo da Quinta de Passais. O seu tecto em caixotões dourados e pintados á mão, é esplendoroso.
Nas suas paredes laterais encontram-se painéis azulejares, azuis, datados do séc. XVIII, narrando a vida de Na. Senhora da Assunção.
O altar-mor, em predominante estilo Rococó, ofusca com a sua belíssima talha dourada.
Ladeiam-no, a imagem de Nossa Senhora da Conceição e a imagem de S. João de Deus, com o pão na mão, ambas dos finais do Séc. XVII.

O tecto da nave central é ilustrado com cenas bíblicas e nos dois altares que antecedem a capela-mor, encontram-se do lado direito, Nossa Senhora de Fátima e do lado esquerdo, Nossa. Senhora da Conceição.

Logo à entrada da Igreja, num pequeno púlpito está um pequeno órgão tubular.
No alto do Monte de Santo António (repleto de enormes eucaliptos), tem lugar um costume que os etnógrafos julgam provir de vestígios de um culto a Diana - deusa romana protectora dos animais. É que os lavradores trazem ao cimo do monte o seu gado, obrigando-o a contornar a capela algumas vezes no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

No Monte, não deveremos deixar por fazer uma visita à Capela de Santo António, pequena capela rodeada de flores, à qual se acede por granítica escadaria. A fachada, toda ela a azulejo revestida. Repousando sobre o seu rectangular portal, um óculo polilobado. Dois fogaréus, adornam a mistilínea empena onde dois fogaréus repousam adornando os flancos. Rematando o conjunto, pequena cruz está colocada de forma a encobrir um pequeno campanário que, construído um pouco mais recuado, não deixa de lhe emprestar um aspecto inusual.

Uma das histórias que se contam, diz-nos, que certo arrogante e prepotente lavrador desafiou o Santo a provar-se milagreiro pois, de outra forma não o consideraria nem Santo nem milagreiro. Naquele mesmo segundo terá ficado o incrédulo colado ao chão, tendo sido preciso uma junta de bois para dali o tirar.

No Domingo que se segue a 13 de Junho celebram-se as Festas a Santo António que integram a magnificente procissão.
E ainda, as populares corridas de cavalos. Aliás, aqui na freguesia, podem encontrar os adeptos, um Pista de Corrida de Cavalos, no Hipódromo Municipal.
Para quem não se lembra realizava-se em Agosto a Festa de N. Sra. da Conceição.
Terra farta e generosa!

Silva Escura quer dizer “bosque escuro”, pois era assim que, há muitos séculos, se qualificavam as zonas de floresta espessa, quase impenetrável de arbustos bravios, eriçados de espinhos e de matos enovelado em cujo interior o sombrio, mesmo no pino do Verão, permanecia.
Desses bosques densos e agrestes restam, agora, bouças onde predominam pinheiros e eucalipto, árvores que, desde os primórdios do século XIX tomaram o lugar de outras, como carvalhos e castanheiros, embora estes ainda subsistam em razoável número. Bouças que bordejam campos de milho (a maioria de silagem), hortas e pomares de bordadura com vinha alta - pois estamos em região de vinhos verdes - , campos de batatas, algum cebolo e nabal que este torrão da Maia é terra de muita boa água.
Freguesia de casas de lavoura, umas mais ricas, outras mais remediadas, que permanecem nas suas aptidões, pois que a base económica desta terra maiata foi e é a agricultura e a pecuária.

1 comentários:

Manuel Ferreira disse...

Gostei muito desta parte descritiva sobre a história de Silva-Escura.
Hoje mesmo fui dar um passeio de bicicleta e um dos locais que visitei foi o local de Taim.
Está algo modificado, desde o meu tempo de menino, diria mesmo que já lá se fizeram algumas barbaridades, adulterando-se parte de uma casa muito antiga de lavrador.
Mas, ainda se respira lá o passado hstórico de Taim. As entidades responsáveis pelo Concelho não devem permitir mais violações à história de Taim, que, tanto quanto sei, deu orígem à freguesia.
Meu pai nesceu em Silva-Escura, e meu cunhado, igualmente, era de Silva-Escura.

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